Comun Tierra

Celebrando 5 anos do Común Tierra: Recapitulando nosso 2º ano de viagem!

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Danças de Paz, Colombia

Yoga na Nicarágua

Colhendo abacaxi na Costa Rica!

Grupo empurrando a Minhoca!! Salento, Colômbia

Eco-Cine, Costa Rica

Frutas, América Central

Pintando a Minhoca

Ônibus, Nicarágua

Povo Indígena de Nabusimake, Sierra Nevada de Santa Marta

Campesino, Instituto de Permacultura El Salvador

Técnica para conservar sementes da humidade na América Central

Queridos Amigos,

Estamos felizes de celebrar 5 anos do Projeto Común Tierra nesse mês de maio 2015. Por isso faremos uma recapitulação de cada um dos 5 anos por semana. Celebramos esta vida de aventura e bençãos pelas estradas sustentáveis da América Latina! Semana passada fizemos uma recapitulação do Primeiro ano do Común Tierra. Agora vamos explorar nosso segundo ano de Projeto!

 COMÚN TIERRA: 2º Ano

"Superando dificuldades e expandindo horizontes!"

Período: 16 de Maio 2011 – 15 de Maio 2012

 Países: Guatemala, El Salvador, Honduras, Nicarágua, Costa Rica, Colômbia

2011-2012 foi um ano importante de crescimento para o Común Tierra, chegando em novos países e territórios, ganhando mais visualizações online, participando na criação da rede CASA. Expandimos em todos projetos do primeiro ano: as noites de Eco Cine ficaram melhores e com mais vídeos, fizemos muito mais trocas de sementes em  feiras orgânicas e projetos, melhoramos nossa produção de videos  e lançamos nosso primeiro projeto de áudio, o CD: En El Centro de Este Fuego.

Este foi o ano  que começamos a ganhar mais atenção na mídia, e aparecemos na CNN Internacional!

Também estivemos na televisão nacional da Costa Rica, também na televisão e em muitos artigos e entrevistas na imprensa nacional do Brasil.

Entrevista na Televisão Nacional, Costa Rica

Em palavras, o segundo ano do Común Tierra foi:

• Emocionante, estimulante, conectado, desafiador, e... muito tropical!  

Considerando que a infra-estrutura básica do projeto foi estabelecida durante o primeiro ano, podíamos curtir um ano mais fácil porque já estávamos acostumados a viver na estrada. Certo?

Não exatamente! Nosso segundo ano trouxe vários desafíos em diferentes áreas do projeto, levando-nos a responder a muitas situações difíceis, e aumentar nosso compromiso com esse estilo de vida.

Lago Atitlán, Guatemala

América Central

Um dos maiores desafios durante este ano foi passar a estação de chuvas na América Centra! A caminho da  Ecovila Durika na Costa Rica, paramos numa cidade onde chovia sem parar por 14 días!  

As chuvas tropicais são una maneira muito efetiva de testar se um teto é a prova de infiltrações! Nossa pouca sorte foi que descobrimos MUITAS GOTEIRAS no nosso e para complicar mais:  descobrimos que ninguém na América Central, (muito menos nós) sabíamos como solucionar! Tivemos que aprender na marra a improvisar com os materiais disponíveis: colas, seladores, toalhas, baldes, e até um gigante plástico que cobriu a Minhoca  como uma "capa de chuva"!

O lado positivo de todo aguaceiro foi a abundância de frutas tropicais, os lindos bosques verdes e cheios de vida, o delicioso arroz com feijão, a doce música bachata e claro, os centro-americanos!

Outra dificuldade de viajar pela América Central com um motorhome foi a falta de espaço em geral. A Panamericana é uma estrada de somente duas pistas, muitas vezes sem acostamento e cheia de curvas. Comparado com México, existia muito menos espaço aberto (e seguro) para acampar, e poucas pessoas tinham um pátio grande o suficiente para nós. Começamos a questionar: Será que a Minhoca era grande demais pra essa viagem? Para América Central, muitas vezes, foi!

Minhoca passando por mais um caminho justinho!

Como região, América Central está numa situação linda no clima e o povo, e também tensa e complicada na questão social, com governos politicamente vulneráveis (países pequenos), muita pobreza, a escalada da violência com o narco-tráfico, e os efeitos do cambio climático. Fomos testemunhas   dos efeitos do cambio climático quando visitamos comunidades costeras de El Salvador, uma experiência que realmente nos  aterrisou os conceitos. Um teste pra força desse povo que é tão vibrante e tão vivo!

Pescadores da costa de El Salvador arrumando sua rede, CESTA

Esses fatores,  somados a otros, fazem com que não existam muitas ecovilas ou comunidades na América Central  (com exceção da Costa Rica), o que encontramos foram mais ONGs e projetos de permacultura.  Alguns deles incríveis adaptando sua forma e trabalho de acordo as necesidades y circunstâncias locais. Exemplos são o  IMAP, que trabalha con comunidades Maia na Guatemala,  IPES, instituto educativo de permacultura com uma metodología de ensino de  ‘campesino a campesino’ para construir uma rede nacional de Permacultura.  Ainda na Guatemala encontramos Maya Pedal, criadores das bici-máquinas! Como Carlos, fundador de Maya Pedal, conta nesse video sobre Maya Pedal, o projeto foi fundado das necessidades cotidianas da população Indígena campesina da zona, en resposta aos desafios da região.

Costa Rica foi onde mais encontramos comunidades sustentáveis, ainda que muitas começadas por estrangeiros, vimos projetos impulsados por Costariquenses (ou "ticos") como Durika e Tacotal. E encontramos uma das mais belas eco-feiras de toda a viagem: Feira Verde de Aranjuez!

Cruzando o Canal de Panamá: A Minhoca pode nadar? 

Nosso próximo desafio se tornou o maior do nosso projeto até hoje: Como cruzar do Centro até o Sul da América? 

Trabalhamos duro para manter o Común Tierra mas financiamente estava dificil de encontrar fundos, especialmente nos 2 primeiros  anos. E logo descobrimos que não tínhamos nenhuma estrada que conectava Panamá até a Colombia, e que custaria milhares de dólares (!!!) para mandar a Minhoca num barco pelo Atlântico.  

Não tínhamos fundos, estávamos lutando constantemente contra as infiltrações no teto e agora tínhamos um gasto gigantesto, o maior da viagem… quase desistimos. Mas decidimos pedir apoio a nossos amigos e comunidades e criamos a campanha de crowdfunding para arrecadar esse dinheiro. E com o apoio de muitos que estão lendo (gracias!) chegamos na América do Sul!! ... Direto na Colômbia! Viva!!

Chegando na Colômbia: O Llamado de la Montaña e a Rede CASA!

Nossa chegada na Colômbia foi direto para o  Llamado de la Montaña, um evento com 500 pessoas de toda América Latina partilhando soluções e projetos ecológicos  na Ecovila Atlântida, nas montanhas de Cauca. Nesse evento também nasceu a rede CASA (Conselho de Assentamentos Sustentáveis da América Latina), e desde o princípio nos sentimos "em CASA" formando uma rede entre tantos projetos que já éramos amigos!

A Caravana Común Tierra!

Saímos do Llamado de la Montaña com 5 amigos queridos (de 5 países diferentes) para compartir a experiência de viajar em comunidade por algumas semanas. Estivemos muito tempo fazendo música, arte e visitando projetos do Eixo Cafeteiro na Colômbia. Sendo 7 na Minhoca + 7 mochilas definitivamente desafiamos nossa ‘zona de conforto’! Tivemos a chance de criar e fazer muita arte: tocamos e fizemos cenas em praça pública, também eco-cine, voluntariamos, construímos um bio-digestor, pintamos a minhoca, compartilhamos momentos juntos. Foi uma experiência incrível com muito partilhar e muita, muita amizade... e foi bem difícil dizer adeus no final!

Outra experiencia muito importante foi participar do treinamento  Danças de Paz Universal, una prática que desde então facilitamos em eventos, workshops e encontros durante a viagem.

Colômbia nos roubou o coração! Um país vibrante, cheio de cultura, música e energía, com tanto carisma, gente muito amável e "hechada pa delante!". No movimento sustentável encontramos algumas comunidades e uma viva e exemplar rede de ecovilas, Renace (CASA Colombia)! Colômbia também é um país cheio de antigos e profundos desafios, mas encontramos nos colombianos um povo inspirado, ativo e rápido em buscar soluções, sempre com um largo sorriso!

Ao final, esse foi um ano muito intenso e extremamente ocupado: trabalhamos duro, reafirmamos nosso compromisso, aproveitamos muito e fizemos muita arte... e o universo nos respondeu com muitas bençãos! Como sempre aprendemos muito, expandimos os horizontes e aprendemos a responder rapidamente aos desafios, e clarificar nossa visão e propósito. Foi um ano simbólico também, de conectar o Norte e sul da América, uma passagem mística e poderosa, algo que vamos fazendo com esse trabalho de conectar mundos...

Não somente "sobrevivemos" mais nutridos e mais maduros, mas sim com a certeza que agora viajaríamos pelo sul! (Para Leti era quase como chegar em casa!) Agora a pregunta era: Quantos anos mais de viagem? Até hoje não sabemos!

Semana que vem a retrospectiva do 3º Ano!! Não perca!

Abraços grandes!

Ryan e Leti